Como escolher uma tradução da Bíblia.

Como escolher uma tradução da Bíblia

Quem nunca começou a ler a Bíblia mas acabou se sentindo um pouco desestimulado com aqueles termos mais antigos e difíceis de entender? Para resolver isso, algumas pessoas acabam por escolher uma tradução da Bíblia que seja super fácil de ler, mas que infelizmente não está muito de acordo com o contexto bíblico. Na intenção de facilitar, o tradutor acabou se distanciando do sentido original do texto. Assim, apesar de ser fácil de ler, a tradução não se encaixa corretamente no contexto e o entendimento continua confuso.

Por isso, vamos conversar um pouco aqui sobre como escolher uma tradução da Bíblia, os tipos de tradução que existem, e como elas podem ajudar ou atrapalhar a sua leitura. Com esse conhecimento em mãos, você perceberá que é importante escolher uma tradução base para suas leituras e estudos bíblicos, mas também é muito útil visitar diferentes traduções que ampliem nosso entendimento do texto.

Tipos de tradução da Bíblia

Assim, é importante saber que há pelo menos três tipos básicos de tradução da Bíblia: Tradução Formal, Paráfrase e Equivalência Semântica. Vamos explicar cada uma delas:

Tradução Formal

É a tradução feita palavra por palavra, sem se preocupar com a facilidade de leitura. A maior preocupação dessa tradução é apresentar o texto no nosso idioma, usando a mesma sequência de palavras da língua original. Isso causa alguns problemas, como por exemplo, dificuldades de entender o sentido do texto sem lê-lo no contexto mais amplo. Às vezes pode ser preciso ler um parágrafo inteiro para entender uma frase, porque as palavras foram traduzidas de uma forma que fazia sentido para o outro idioma, e não para o nosso. É como se o tradutor fosse o mestre Yoda, trocando a ordem das palavras quando falasse com a gente. É uma tradução mais utilizada para quem tem interesse em examinar mais a fundo os termos nos idiomas originais.

Paráfrase

É o extremo oposto da Tradução formal. Na paráfrase, o tradutor “reescreve” o texto da forma que ele acredita que será o mais fácil possível para o leitor entender. Mas nesse processo de facilitar, ele acaba interpretando muito do texto. O tradutor passar a colocar a sua própria visão do significado, e não necessariamente o que a Bíblia quer dizer. São exemplos desse estilo a Bíblia Viva, a Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) e a Bíblia A Mensagem. Por isso, não recomendo nenhuma delas para estudar as Escrituras. Talvez para uma leitura mais simples de meditação, entendendo que o texto pode ser mais a expressão do que entendeu o tradutor do que a intenção original do autor do livro da Bíblia.

Equivalência Semântica

É um meio termo entre a Tradução formal e a Paráfrase. É a versão que procura traduzir o texto pensando em alguma facilidade, mas evitando comprometer o sentido original do texto. Este é o tipo de tradução que recomendo, e da qual fazem parte as várias versões de João Ferreira de Almeida e a Nova Versão Internacional (NVI). Esta última me parece ser a que melhor equilibra a facilidade de leitura e ao mesmo tempo menos compromete o sentido do texto.

Dessa linha, a tradução que mais me atrai, especialmente, é a João Ferreira de Almeida Edição Contemporânea. Ela está presente na Bíblia de Estudo Thompson (também a melhor Bíblia de estudos em língua portuguesa – na minha opinião e de muitos outros).

Conclusão: como escolher uma tradução

Analisando os tipos de tradução, note que quanto mais próximo de uma Tradução Formal, mais difícil é a leitura. E ao mesmo tempo, quanto mais próximo de uma tradução do tipo Paráfrase, mais distante ficamos do sentido original do texto. Assim, para escolher uma tradução da Bíblia, é recomendável procurar as que se encontram na Equivalência Semântica: um meio termo equilibrado entre facilidade de leitura sem comprometer o sentido original da Palavra de Deus.

Se você quiser dicas de como aproveitar melhor a leitura da tradução que escolheu, leia este post. Mas lembre-se que você pode experimentar diferentes traduções para encontrar um equilíbrio, e então, prossiga para a Jornada mais especial da vida de qualquer cristão, pois como disse o Salmista:

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos”.

Salmos 119:105

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